A saúde mental no ambiente corporativo tem sido tema central nas discussões sobre bem-estar e produtividade. Em 2024, o Brasil registrou 472.328 afastamentos por transtornos mentais como ansiedade e depressão — um aumento de 68% em relação ao ano anterior e o maior número da última década. Os dados revelam uma crise silenciosa que atinge indivíduos, empresas e a sociedade na totalidade.
Por que o cenário preocupa?
- Impacto humano e social: transtornos mentais afetam diretamente a qualidade de vida, os vínculos pessoais e a saúde física. Ainda assim, muitas pessoas encontram barreiras para buscar apoio ou não têm acesso a tratamento adequado.
- Consequências para as empresas: afastamentos em massa geram custos com substituição de pessoal, reduzem a produtividade, elevam o absenteísmo e sobrecarregam equipes. Além disso, organizações que negligenciam a saúde mental se expõem a riscos legais e de reputação.
- Mudanças pós-pandemia: a COVID-19 intensificou estressores como isolamento, insegurança financeira e excesso de trabalho remoto, ampliando os impactos emocionais sobre os trabalhadores.
NR-1: um olhar para riscos psicossociais
A atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) é um avanço importante ao exigir que empresas identifiquem e mitiguem riscos psicossociais. Questões como assédio moral, jornadas excessivas, pressão por metas e falta de autonomia passam a ser tratadas como fatores reais de adoecimento. A obrigatoriedade plena entra em vigor apenas em 2026, mas o momento de agir é agora.
Telemedicina: uma aliada estratégica
Nesse contexto, a telemedicina se apresenta como uma solução prática e eficaz para ampliar o acesso ao cuidado da saúde na totalidade e, em especial, a mental.
Consultas virtuais com psicólogos, psiquiatras e terapeutas oferecem agilidade, continuidade e discrição, ajudando a quebrar barreiras que ainda impedem muitos profissionais de buscar ajuda.
Entre seus diferenciais, destacam-se:
- Acesso facilitado: trabalhadores em regiões com poucos especialistas conseguem atendimento qualificado sem deslocamento.
- Agilidade: agendamento rápido, diagnósticos precoces e prevenção de agravamentos.
- Continuidade: sessões virtuais asseguram acompanhamento mesmo em períodos de transição ou isolamento.
- Privacidade: o ambiente digital incentiva quem ainda enfrenta estigmas.
- Integração corporativa: empresas podem incluir telemedicina em planos de saúde, oferecer linhas de apoio psicológico remoto e implementar programas preventivos digitais.
Muito além do cumprimento de normas
Promover saúde mental no trabalho vai além do atendimento a exigências legais: trata-se de uma decisão estratégica e, sobretudo, humana.
“Empresas que investem em prevenção e adotam práticas inovadoras constroem culturas organizacionais mais saudáveis e sustentáveis”, afirma Renato Coelho, CEO do Go.Bank, responsável pela plataforma de assistências GoHelp.
A ferramenta conecta colaboradores e familiares a um atendimento médico qualificado, que possibilita um olhar atento à saúde.